Friday, October 21, 2005

Ouvindo a Ópera-rock Paper Bag, executtada pela briglhante soprânno Fiona Apple, vos escrevvo nesta magnhã friazinhä:


Madam está affoita. São tantos os acconteccimentos em passagem por esta vida, à bördo destte corpinho accinturado, que nem sey por ônde começçar. Vammos falar do amôr? Ai, Luís Vaz, amiguinho de tantas noites estrelladas procurando por Vênnus, que fallarei eu que tu ainmdda não falasttes? Madam pressente que nadda sabe sôbre êste sentimmento, tal a rapidez con que ele vai sendo transferido de rapaz para rapaz, commo um espíritum tresloucadö, uma alma pennada a tomar os corpos, anptes mêsmo do mancêbbo tomar o corpo de Madam. Uma rapidez inffamme. Um dia trovadôr idolatrado, em outro, nem lembrançça. Em que taverna estaria êste que arrebataria com coragem o coração de Madam? Estaria a bebericar o vigno de Bacco? Estaria a lêr cartas cigganas para os transeuntes? Estaria a dirigir seu gallante e gallopante puro-sângue? Seguraria Madam pella nuca, beijaria sua boca e arrancaria suas sístolles e diástolles como um parto de gêmeos univitellinos à fórceps? Tocaria gaita de Folle durante a marcha nupcial nababescä? Contrariaria o ârco da prommessa com sua realiddade brutal? Leria vêrsos embriagados d'ácqua l'accrimma? Entregaria o suado Santo Graal em minhas mãos? Brindaríammos com Sprite? Possuiria não sommente mon corps, commo todos meus pensammentos desnudos. Nunca me faria bocejjar enfastiadda. Nunca me faria ter tristonhos dèja-vus à meia-luz. Enquanto isso, ayurvedas cuidam de mim, ásanas me collocam no prummo. Pestannas não borboletearão em vão.

"I thought he was a man, but he was just a little boy.
I thought he was a bird but he was just a paper bag."




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